segunda-feira, 11 de maio de 2009














“Quando o homem é feliz, ficam tristes seus inimigos, quando ele é desgraçado conhece-se quem é seu amigo”.
(Eclesiástico-12,9)






__________________________________________________________________________________________________








Ao meu mestre Fernando José Karl, e a minha família.






______________________________________________________________






SUMÁRIO (CAPÍTULOS)



1- O LIVRO DA MORTE – A PASSAGEM

2- O LIVRO DO AMOR (VIDA)- A FLECHADA DO ANJO


3- O LIVRO DA ETERNIDADE E DA RESSURREIÇÃO- CÚPULA DA MORTE RESSURGIDA

4- O LIVRO DA INFÂNCIA- INOCENTES


5- LIVRO DE TANKAS E OCTETOS- ORIENTE SOLAR



__________________________________________________________________________









CAPÍTULO 1- O LIVRO DA MORTE



A PASSAGEM

______________________________________________________________







A ESPERA DA MORTE

O grito silencia na voz;
desnudez leprosa no jorro;
som de jazz que vive no céu.

Aos ventos no viver celeste;
o anunciar relicário;
sirenes que berram penosas.

Jaguatirica no deserto;
tromba de água que molha o céu,
que espera esperando a morte.

___________________________________________________________________________________

MORTE RELICÁRIA


Na tumba que morre no eterno;
que afoga em sonhos de mabar;
negrita na mente de teus raios.

Incenso de úmidas memórias;
amargo no gótico búzios;
o sol que maçarica cúpulas.

No dragão da cúpula negra;
compendio de pedra mamífera;
vestígios na pele lascarim.

_____________________________________________________________________

A PROCURA DO PERDIDO


O oposto do opositor que se atreve;
o corromper da proposta exposta;
mostrando a solidão imposta do ser abstrato;
que comanda pela imperfeição múltipla.

Seres duvidosos que buscam:
buscam através da plena escuridão,
o perdão opositor, que propositalmente,
se mantém alheio a certas imperfeições da vida.

O roubar de diversos seres, leões ferozes,
que apontam em seus olhares,
a esperança a ser vivida.

Tambores a tocar, negra mística,
negra a bailar, candomblé de sonhos;
sangues internos, o final da batalha.

________________________________________________________________________________________________

POSIÇÃO CONTRÁRIA


Na oposição contraria ao vento,
seres góticos correm sem parar,

Na lajota branca aberta, ferida exposta;
um bombardeio inflamável,
que escrito na ponta do Lápis;

sem medidas e pronto a ser desvendado;
um moçambique de ilusões.

Sem contra proposta;
no recinto fechado, na cova,
querendo a minha resposta.

____________________________________________________________________

RAZÕES DE VIDA


O carrasco que maltrata a vida,
que corrompe o limite de meu ser,
o abstrato de ilusões perdidas;

A lança da lua que me atinge,
meu pleno, meu oculto,
não conseguindo escapar do casulo;

Sendo jogado para fora do útero,
da maternidade cisterna,
que conduz a luz do sol.

___________________________________________________________________________________

VESTÍGIOS


Luzes contrárias anunciam minha chegada;
o desmoronar da escada, o gaiteiro;
um turvo simulado, que fugiu de repente,
o brilhar de uma estrela cadente.

A dança se complicará, num campanário,
corpos perfumados a dançar,
suas bocas num compasso, contorno.

Feiticeiras amamentando canibais;
negras plumas, tristes vestígios;
a dupla profundidade, a capela incendiada.

__________________________________________________________________________________________________________

FUGA


Celibato que assola o caos;
pecado enorme de padre,
que no vento se encontra ainda.

Bazuca que assolada,
embarcação na soprada,
ascensão na enorme patacoada.

Em tudo a fuga leira;
queimarem as conchas últimas;
feérico, que beleza conduz o sol?

Perdida a sagoma,
na ousadia de marinhagem;
que adoece crepúsculo.

Tortuosos raios,
carrancuda na batida;
ressoando vento no xucro.

_________________________________________________________________________________________________






















Nenhum comentário:

Postar um comentário