
“Quando o homem é feliz, ficam tristes seus inimigos, quando ele é desgraçado conhece-se quem é seu amigo”.
(Eclesiástico-12,9)
1- O LIVRO DA MORTE – A PASSAGEM
2- O LIVRO DO AMOR (VIDA)- A FLECHADA DO ANJO
3- O LIVRO DA ETERNIDADE E DA RESSURREIÇÃO- CÚPULA DA MORTE RESSURGIDA
4- O LIVRO DA INFÂNCIA- INOCENTES
5- LIVRO DE TANKAS E OCTETOS- ORIENTE SOLAR
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CAPÍTULO 1- O LIVRO DA MORTE
A PASSAGEM
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A ESPERA DA MORTE
O grito silencia na voz;
desnudez leprosa no jorro;
som de jazz que vive no céu.
Aos ventos no viver celeste;
o anunciar relicário;
sirenes que berram penosas.
Jaguatirica no deserto;
tromba de água que molha o céu,
que espera esperando a morte.
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MORTE RELICÁRIA
Na tumba que morre no eterno;
que afoga em sonhos de mabar;
negrita na mente de teus raios.
Incenso de úmidas memórias;
amargo no gótico búzios;
o sol que maçarica cúpulas.
No dragão da cúpula negra;
compendio de pedra mamífera;
vestígios na pele lascarim.
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A PROCURA DO PERDIDO
O oposto do opositor que se atreve;
o corromper da proposta exposta;
mostrando a solidão imposta do ser abstrato;
que comanda pela imperfeição múltipla.
Seres duvidosos que buscam:
buscam através da plena escuridão,
o perdão opositor, que propositalmente,
se mantém alheio a certas imperfeições da vida.
O roubar de diversos seres, leões ferozes,
que apontam em seus olhares,
a esperança a ser vivida.
Tambores a tocar, negra mística,
negra a bailar, candomblé de sonhos;
sangues internos, o final da batalha.
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POSIÇÃO CONTRÁRIA
Na oposição contraria ao vento,
seres góticos correm sem parar,
Na lajota branca aberta, ferida exposta;
um bombardeio inflamável,
que escrito na ponta do Lápis;
sem medidas e pronto a ser desvendado;
um moçambique de ilusões.
Sem contra proposta;
no recinto fechado, na cova,
querendo a minha resposta.
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RAZÕES DE VIDA
O carrasco que maltrata a vida,
que corrompe o limite de meu ser,
o abstrato de ilusões perdidas;
A lança da lua que me atinge,
meu pleno, meu oculto,
não conseguindo escapar do casulo;
Sendo jogado para fora do útero,
da maternidade cisterna,
que conduz a luz do sol.
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VESTÍGIOS
Luzes contrárias anunciam minha chegada;
o desmoronar da escada, o gaiteiro;
um turvo simulado, que fugiu de repente,
o brilhar de uma estrela cadente.
A dança se complicará, num campanário,
corpos perfumados a dançar,
suas bocas num compasso, contorno.
Feiticeiras amamentando canibais;
negras plumas, tristes vestígios;
a dupla profundidade, a capela incendiada.
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FUGA
Celibato que assola o caos;
pecado enorme de padre,
que no vento se encontra ainda.
Bazuca que assolada,
embarcação na soprada,
ascensão na enorme patacoada.
Em tudo a fuga leira;
queimarem as conchas últimas;
feérico, que beleza conduz o sol?
Perdida a sagoma,
na ousadia de marinhagem;
que adoece crepúsculo.
Tortuosos raios,
carrancuda na batida;
ressoando vento no xucro.
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