quarta-feira, 22 de julho de 2009

Folhas em branco



Talvez um lamento,
um pranto pedindo Socorro,
SOS, vem cá que eu te levanto.

Sem meias palavras,
e sempre um pranto.
passa o ônibus, não tem metrô.

Canto, pra vida passar, não rápida, canto,
num sorriso contido, sórdido bizarro, canto,
e na minha sublime risada a água cantou,

E com seu despertar contido o bem-te-vi sem palavras,
disse em meias palavras seu real canto,
e canta bem-te-vi, o que tens que todos querem teu sopro?

Bem-te-vi, me calo e levanto,
sem a lisergia passada,
me calo e canto.


Me pergunto se o que tem mais,
é o que merece mais, talvez sim,
talvez na pura e nítida intuição não.

Palavras fortes, tanto o sim, quanto o não,
mais forte que o choro ou o sorriso,
mais forte que um nórdico riso.

Mais forte que um lamento de dor,
uma conquista de amor,
palavras são fáceis de serem descartadas.

Como uma seringa, uma injeção,
como um teste de HIV,
que você fez na contra-mão,

Queria agora escrever, em inglês, castellano, francês,
a única língua que gostaria,
mais não sei.

Temo algumas frases no singular, subtraio muitas que estão no plural,
tento voar, tento cantar, sonho e quero ainda ser um ser,
que se deixe amar.

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